Faz mais ou menos um mês que entrei numa livraria com minha BFF e ela me surpreendeu me dando este livro de presente. Como comecei a trabalhar logo em seguida, não pude ler imediatamente, mas sempre via comentários a cerca dele e minha curiosidade só aumentava. Com uma capa maravilhosa, e uma primeira edição incrível da Darkside (minha editora preferida) minha vontade de ler só aumentava, e finalmente me entreguei a esta história fascinante.
O livro fala sobre a princesa Arabella, ou Lia, como prefere ser chamada. Ela é a Primeira Filha de Morrighan, e que ao menos teoricamente deveria possuir o dom de prever o futuro. Era o dia em que ela seria dada em casamento para o príncipe do reino de Dalbreck, de modo a formar uma aliança entre seus dois grandes exércitos para barrar a invasão de Venda, um reino longínquo do outro lado do continente.
Mas Lia, não se conformou em ser vendida a outro reino como uma simples mercadoria apenas para estabelecer uma aliança. Ela não se conformou em abaixar a cabeça e deixar que seu pai, os conselheiros, e um príncipe qualquer ditassem seu destino como se ela não tivesse qualquer escolha sobre isso.
E assim, com a ajuda de Pauline, sua melhor amiga, Lia foge no dia de seu casamento a procura de uma vida nova, onde ela não carregava o peso e as amarras de ser uma princesa.
Mas ao fugir ela desperta a curiosidade do príncipe com quem ela iria se casar. E também a atenção do reino de Venda, que envia um de seus assassinos para garantir que a aliança entre Morrighan e Dalbreck realmente não se concretize. Os dois homens vão em busca da princesa e ao encontra-la descobrem que ela não era nada como esperavam.
Confesso que neste ponto do livro fiquei meio decepcionada. Todo aquele auê em relação a história e o que eu estava vendo era uma historinha água com açúcar de uma princesinha que era considerada forte porque varria um chão e entrava num triangulo amoroso escrotinho qualquer.
Mas não se preocupem, girls! Eu quebrei a cara bonito.
A autora iniciou um jogo incrível, onde mostrava Kaden e Raffe, sem nunca deixar realmente claro qual deles era o assassino, e qual era o príncipe. Lia ia se envolvendo com os dois, mas não é nada do tipo (oh, como estou confusa querendo esses dois rapazes). Não! Lia deixa claro quem ela realmente quer, a gente só não sabe se esse cara é o mocinho ou o “vilão”.
Até aí o livro é bastante fraco, mas quando o irmão de Lia vai até ela com notícias devastadoras, ela descobre que sua fuga impensada trouxe consequências terríveis as pessoas que ela amava, e num ato de abnegação ela resolve voltar para casa e realizar o casamento. E é aí que o livro começa!
O assassino não pode permitir que Lia volte e se case com o príncipe. E o príncipe não pode permitir que Lia volte para junto do pai e conselheiros que tentaram matá-la. O Assassino está apaixonado por Lia e ao invés de assassiná-la, como deveria ter feito desde o início, ele resolve mentir dizendo que ela possui o dom da Primeira Filha e a sequestra como um prêmio para o Komisar de Venda (uma espécie de rei de lá) e começa aí uma empreitada torturante onde Lia passa por provas duríssimas e o personagem que antes eu via mais como uma adolescente forte, resolvida e meio egoísta vai se desenvolvendo para o que nós chamamos de uma “Mocinha fodona pra caralho, que eu quero ser igual quando crescer”.
Nas resenhas que eu tinha lido sobre a história falavam muito sobre a demonstração do poder feminino do livro, e digo com toda a certeza que eles têm razão. Lia não se curva a convenções, nem padrões de boa moça. Lia é forte, ela se rege pelos próprios padrões e com as dificuldades ao seu redor se molda e se fortifica demonstrando uma vontade tão tremenda que no final do primeiro livro é impossível reconhece-la como a mesma das primeiras páginas.
O príncipe, também apaixonado por ela, vai ao seu resgate, mas não é nada do tipo “o herói que salva a donzela em perigo”. Lia salva a si mesma, ela enfrenta seus medos, ela é inteligente e forte de um jeito muito próprio.
O que mais me impressionou foi que na tentativa de muitas autoras de criaram personagens femininas fortes, elas as descaracterizam como mulheres, como se possuir traços geralmente atribuídos a homens fosse considerado força e a feminilidade fosse uma fraqueza.
Mary E. Pearson toma o caminho contrário e torna Lia mulher de cima abaixo. Mas sem tratar o feminino como algo “fraco”. Lia demonstra a força própria das mulheres, numa cultura opressora ela prospera, ela não verga, ela se torna dura e forte sem se distanciar de si mesma. Este livro é um tratado sobre o empoderamento feminino, é uma exaltação da mulher e suas características fortes. E uma heroína que para ser fodona não precisa ser masculinizada (deixando claro que não vejo nada demais nesse tipo de heroína, também acho elas maravilhosas, na verdade são minhas preferidas).
Este é o primeiro livro da trilogia, e digo que vale muito a pena ler. Vale a pena comprar, e deixar ele na estante lindo e maravilhoso para ser lido um milhão de vezes mais. Esperando ansiosamente pelo próximo que pretendo saborear e pelas avaliações do Goodreads ele parece ser ainda melhor que o primeiro.
Recomendo muito.
Lia é a melhoooooooooor!
O livro fala sobre a princesa Arabella, ou Lia, como prefere ser chamada. Ela é a Primeira Filha de Morrighan, e que ao menos teoricamente deveria possuir o dom de prever o futuro. Era o dia em que ela seria dada em casamento para o príncipe do reino de Dalbreck, de modo a formar uma aliança entre seus dois grandes exércitos para barrar a invasão de Venda, um reino longínquo do outro lado do continente.
Mas Lia, não se conformou em ser vendida a outro reino como uma simples mercadoria apenas para estabelecer uma aliança. Ela não se conformou em abaixar a cabeça e deixar que seu pai, os conselheiros, e um príncipe qualquer ditassem seu destino como se ela não tivesse qualquer escolha sobre isso.
E assim, com a ajuda de Pauline, sua melhor amiga, Lia foge no dia de seu casamento a procura de uma vida nova, onde ela não carregava o peso e as amarras de ser uma princesa.
Mas ao fugir ela desperta a curiosidade do príncipe com quem ela iria se casar. E também a atenção do reino de Venda, que envia um de seus assassinos para garantir que a aliança entre Morrighan e Dalbreck realmente não se concretize. Os dois homens vão em busca da princesa e ao encontra-la descobrem que ela não era nada como esperavam.
Confesso que neste ponto do livro fiquei meio decepcionada. Todo aquele auê em relação a história e o que eu estava vendo era uma historinha água com açúcar de uma princesinha que era considerada forte porque varria um chão e entrava num triangulo amoroso escrotinho qualquer.
Mas não se preocupem, girls! Eu quebrei a cara bonito.
A autora iniciou um jogo incrível, onde mostrava Kaden e Raffe, sem nunca deixar realmente claro qual deles era o assassino, e qual era o príncipe. Lia ia se envolvendo com os dois, mas não é nada do tipo (oh, como estou confusa querendo esses dois rapazes). Não! Lia deixa claro quem ela realmente quer, a gente só não sabe se esse cara é o mocinho ou o “vilão”.
Até aí o livro é bastante fraco, mas quando o irmão de Lia vai até ela com notícias devastadoras, ela descobre que sua fuga impensada trouxe consequências terríveis as pessoas que ela amava, e num ato de abnegação ela resolve voltar para casa e realizar o casamento. E é aí que o livro começa!
O assassino não pode permitir que Lia volte e se case com o príncipe. E o príncipe não pode permitir que Lia volte para junto do pai e conselheiros que tentaram matá-la. O Assassino está apaixonado por Lia e ao invés de assassiná-la, como deveria ter feito desde o início, ele resolve mentir dizendo que ela possui o dom da Primeira Filha e a sequestra como um prêmio para o Komisar de Venda (uma espécie de rei de lá) e começa aí uma empreitada torturante onde Lia passa por provas duríssimas e o personagem que antes eu via mais como uma adolescente forte, resolvida e meio egoísta vai se desenvolvendo para o que nós chamamos de uma “Mocinha fodona pra caralho, que eu quero ser igual quando crescer”.
Nas resenhas que eu tinha lido sobre a história falavam muito sobre a demonstração do poder feminino do livro, e digo com toda a certeza que eles têm razão. Lia não se curva a convenções, nem padrões de boa moça. Lia é forte, ela se rege pelos próprios padrões e com as dificuldades ao seu redor se molda e se fortifica demonstrando uma vontade tão tremenda que no final do primeiro livro é impossível reconhece-la como a mesma das primeiras páginas.
O príncipe, também apaixonado por ela, vai ao seu resgate, mas não é nada do tipo “o herói que salva a donzela em perigo”. Lia salva a si mesma, ela enfrenta seus medos, ela é inteligente e forte de um jeito muito próprio.
O que mais me impressionou foi que na tentativa de muitas autoras de criaram personagens femininas fortes, elas as descaracterizam como mulheres, como se possuir traços geralmente atribuídos a homens fosse considerado força e a feminilidade fosse uma fraqueza.
Mary E. Pearson toma o caminho contrário e torna Lia mulher de cima abaixo. Mas sem tratar o feminino como algo “fraco”. Lia demonstra a força própria das mulheres, numa cultura opressora ela prospera, ela não verga, ela se torna dura e forte sem se distanciar de si mesma. Este livro é um tratado sobre o empoderamento feminino, é uma exaltação da mulher e suas características fortes. E uma heroína que para ser fodona não precisa ser masculinizada (deixando claro que não vejo nada demais nesse tipo de heroína, também acho elas maravilhosas, na verdade são minhas preferidas).
Este é o primeiro livro da trilogia, e digo que vale muito a pena ler. Vale a pena comprar, e deixar ele na estante lindo e maravilhoso para ser lido um milhão de vezes mais. Esperando ansiosamente pelo próximo que pretendo saborear e pelas avaliações do Goodreads ele parece ser ainda melhor que o primeiro.
Recomendo muito.
Lia é a melhoooooooooor!
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