terça-feira, 31 de maio de 2016

Resenha Guild Hunter 7 – Archangel’s Shadows – Nalini Singh






O livro sete da série Guild Hunter sem dúvida alguma é o mais romântico de toda a saga. E não é o romance apenas do casal principal, que são a Ashwini e o Janvier, mas sim um maior. Mais do que simples paixão, este livro fala sobre o amor, todos os tipos de amores.
O amor romântico, o amor fraternal, o amor entre amigos e o amor próprio. 
A história mostra a caçadora Ashwini e o vampiro Janvier, que haviam aparecido na história antes, mas nunca com grande destaque. Foi uma surpresa saber que a autora tinha escrito um livro sobre eles, e até fiquei receosa, já que nunca havia lhes prestado muita atenção, mas isso foi bobagem, pois assim como todos os outros livros, eu amei de paixão! 
A cidade de nova Iorque, após a batalha intensa que sangrou o céu estava em processo de recuperação não apenas estrutural, mas psicológica. Novos habitantes estavam se adaptando a vida no meio daquilo tudo, sendo a Legião, que apareceu só no fim do livro seis, uma presença misteriosa em meio a tudo aquilo. Neste meio tempo, Ashwini que havia sido gravemente ferida em batalha está se recuperando. Como não poderia fazer um grande esforço físico é entregue a ela um caso estranho e aparentemente fácil de um cachorro mumificado, e a denúncia de vários animais encontrados no mesmo estado. 
Ela e Janvier vão juntos, e ao investigarem dão de cara com um assassino terrível que sente um prazer cruel em torturar e matar suas vítimas. Vítimas estas que o casal jurou vingar. Junto a investigação tensa, e atrocidades cometidas pelos imortais, Ashwini resolve contar seu grande segredo para Janvier, o motivo pelo quão o vinha recusando por tanto tempo, mesmo que não resistisse a ficar flertando, como se algo sempre a chamasse para ele. 
Confesso que chorei pra caralho com o tal segredo, a Nalini é especialista em descrever os passados mais fodidos para os personagens, é uma sacanagem do caralho. 
Mas o que diferencia a Nalini de qualquer outra autora, principalmente de livros sobrenaturais. É que apesar de ter um gosto por descrições de cenas atrozes, momentos extremamente dolorosos, sangue jorrando e coisas do tipo, ela ainda consegue incutir os aspectos belos da vida, nos mostrar brechas do porque sempre vale a pena persistir. 
O amor entre Ashwini e Janvier não tem enrolações. Até porque eles estão nessa dança desde os primeiros livros, então quando ocorre a história só resta a eles se entregarem um ao outro. E porra, eles se amam muito! O vampiro Cajun, irônico e perversamente sensual é um homem extremamente doce e que ao mesmo tempo admira e tem extremo respeito pela Ashwini. Não é uma relação como as que costumamos ver onde ser amada pelo mocinho salva a mocinha de alguma merda. Não, aqui os dois salvam um ao outro, eles se completam, eles são iguais. 
A autora também fala sobre amor entre irmãos, e todas as suas complexidades. Como na tentativa de salvar quem a gente ama, podemos machucá-los irrevogavelmente. E como tentar odiar alguém que estamos acostumadas a amar é difícil, se não impossível, por tanto, sequer vale a tentativa. 
Fala sobre a amizade de um jeito tão puro, tão intenso que nós podemos sentir através das palavras o que aqueles personagens sentem um pelo outro. O quanto os amigos de verdade são como uma segunda família, mas nem por isso menos importantes. O quanto saber que poder contar com alguém, seja qual for a situação, nos torna pessoas mais seguras. 
O livro também fala sobre sacrifício, sobre abrir mão das coisas em nome do amor, em proteger o outro apesar de si mesmo, em amar alguém mesmo através da morte. O sacrifício descrito neste livro me fez chorar pra caramba, e ao mesmo tempo me deixou leve, pois apesar de toda a feiura descrita no mundo dos anjos e vampiros que a Nalini criou, ainda há aqueles que são generosos o suficiente para estender a mão para o outro. 
Faço aqui uma ressalva de que este livro não continua a história da guerra que Raphael e Elena precisam enfrentar. Apesar de ter flashes deles dois, e a autora mostrar alguns acontecimentos, nada de realmente concreto acontece, como sempre a Nalini realmente foca na história do casal principal, o que não é ruim, mas deixa a gente se roendo para saber o que vai acontecer, de onde vai vir outra guerra, se a Lijuan vai ressurgir do inferno para onde ela foi, se o Cascade vai lascar o mundo todo, se outro antigo irá acordar, se um dos anjos irá se transformar em arcanjo, de onde vieram e para onde vão aquele povo todo da Legião.... Todas essas questões estão em aberto queridinhos, e a Nalini, aquela vaca maravilhosa vai fazer a gente esperar pelas respostas. 
Também acho importante aqui destacar um personagem que foi uma surpresa maravilhosa no livro. Naasir, o meio vampiro, meio tigre. Aquele de pele banhada a ouro e cabelos prateados que geralmente é descrito como um homem sinuoso, de discreta elegância e que exala perigo de todos os poros. Sim, este mesmo. EU AMEEEEEEEEEEEEI O NAASIR! Ele é a coisa mais linda, fofa e gostosa desse mundo. Eu preciso pegar aquele vampiro no colo, e fazer carinho nele até a morte, porque sério gente, estou total e irrevogavelmente apaixonada pelo cara, e não sei se vocês vão sentir o mesmo, mas pra mim ele bateu o Illium e o Aodhan e olha que estou em cólicas para ler os livros deles. O próximo livro da série é do Naasir gente, e estou morrendo de ansiedade. Preciso da história dele e quero saber se ele vai ser tão maravilhoso quanto foi nesse. 
Enfim, este livro apesar de ter me deixado meio frustrada, porque eu realmente queria mil e uma respostas que não foram dadas, vale totalmente a Pena. Ashwini e Janvier são maravilhosos, a gente fica torcendo por outro livro da Elena e do Raphael, e eu virei presidente do fã clube daquela coisa linda do Naasir. Eu amei! E espero que gostem tanto quando eu.

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